domingo, 26 de junho de 2011

Domingo de folga do Metre Cuca

  Hoje não tem aquela receitinha mara do nosso ilustríssimo metre cuca Diego, mas melhor do que comer aquelas gostosuras que ele faz foi poder montar a cavalo neste maravilhoso domingo de sol. Faz um bucadim de tempo que não montamos e hoje  conseguimos uma folguinha das crianças. 

  Não tenho nada de muito interessante para contar no dia de hoje, mas posso garantir que o meu dia foi excelente e espero que o de vocês também tenha sido igual ou melhor que o meu. É sempre muito bom poder montar e estar juntinho de quem amamos. Sou alucinada por cavalos e hoje foi mais um dia de puro prazer.


"O verdadeiro paraíso terrestre é poder estar sentada no dorso de um bom cavalo" 



  O Metre Cuca não saiu na foto, mas estava lá... batendo minhas fotos ;-) hehehehe

sábado, 25 de junho de 2011

Devemos retornar a São Paulo, mas...

  Eu ainda não toquei neste delicado assunto com vocês porque ele desperta os meus medos a ponto de me enlouquecer, mas preciso desabar e então lá vai...
  Na última crise da Eduarda eu já estava me programando para a nossa ida a São Paulo, mas eis que vem mais uma crise e coloca tudo por água a baixo. Conversei com os médicos e eu cheguei a conclusão de que não quero mais levar ela. Como assim, não quer levar? Ela não precisa ir? Sim, precisa. Mas.... (la vem este mas de novo, eita coisinha chata)
  Mas ela corre risco de ter novas crises no avião por causa da altitude e ai TUDO pode acontecer com ela. Por esse motivo eu estou completamente insegura embora a médica tenha me dito que vou levá-la medicada. Acontece que das outras duas vezes ela também foi medicada e mesmo assim teve crises. A GRANDE diferença é antes as crises eram mais curtas e mais leves, hoje elas são muito longas e duram mais de horas. A médica ainda comentou por alto sobre mais uma cirurgia, mas eu não sei se quero deixar ela operar de novo.
  Ficar careca de novo, ficar muito tempo em SP de novo, ficar longe da nossa casa de novo, não sei se quero encarar TUDO de novo. Não sei se quero ficar horas sem a minha filha de novo, não sei se ela vai aguentar passar por tudo isso de novo e de fato não sei se eu aguento TUDO de novo. 
  Sabe, o ficar careca certamente é o menor dos nossos problemas, mas COMO a minha filha vai reagir a TUDO isso com quase 7 anos? Ela já entende muita coisa e se com 3 anos ela não suportou se ver no espelho sem os cabelos, como sera agora? 
  Você deve estar se perguntando, mas como assim você não quer isso de novo, se os médicos acham que deve ser feito! Você não quer a sua filha bem, sem crises e talvez curada?
  Claro que quero é o que mais quero nessa vida! Mas para passar por isso de novo eu preciso estar tão segura quanto da outra vez, né? E eu não estou, vou conversar com os médicos e em uma outra ocasião eu conto para vocês a nossa decisão, porque claro o pai também participa e teme assim como eu. Embora eu conte tudo na primeira pessoa, vocês devem estar cientes de que somos uma família na qual o pai e a mãe opinão sobre, ok?
  Voltamos a falar da tão temida viagem, do meio de transporte...rsrsr
  Quando converso com algumas pessoas sobre isso eles sempre lembram que podemos ir de carro, né?? O padrinho dela disse para eu ir de carro, jumento, jegue, cachorro (cachorro já é demais) rsrsrs
  Todos estão esquecendo que nós moramos na parte cor de rosa do mapa, muito longe de São Paulo e de carro são muitos dias. Ai aposto que você esta pensando "Mas é uma ótima opção porque não tem altitude", gente por favor eu também pensei em tudo isso. Não tem altitude mas a estrada é super tranquila né? Quase não tem buraco e nem acidentes? Ahhh e hospitais bons devem ter aos montes pela estrada né? 
  Ta vendo como não dá pra ir de carro e nem no lombo do jumento!
  Bom gente pra terminar esta decidido, dia 5 vamos na médica para despejar essas centenas de possibilidades na cabeça dela e ver em que denominador comum chegamos. 


Mas de ante mão posso afirmar para vocês que NÃO VOU em hipótese nenhuma colocar a vida da nossa doçura em jogo, ok? Porque acredito que depois de estarem a par de toda a luta da minha vitoriosa EDUARDA, vocês já a amam assim como eu e então tudo bem "ELA É NOSSA". Deixo ela ser a doçura de vocês também.
  
  Já ia me esquecendo que em mente eu tenho pensado em uma ambulância aérea e talvez esta seja a única forma que eu me sinta tranquila em viajar com ela. 
  Em breve eu postarei mais a respeito....

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Minha ida ao Cardiologista


  Outro dia fui no cardiologista para exames de rotina, ele me perguntou entre tantas perguntas se eu tinha taquicardia. Eu olhei para ele tipo querendo saber como assim? Ele entendeu e disse "Tipo Palpitações em determinadas horas do dia"? Eu queria rir na cara dele, gente por favor o que eu mais tenho é palpitação. 
  Acho que mais palpito (isso exite?) do que qualquer outra coisa. Mais palpito do que pisco, mais palpito do que respiro, mais palpito que ... tantas coisas!!! Gentem esse palpito é de palpitação de coração e não palpitar a conversa. Entendeu? Não? Ah bom nem eu... foi tanta palpitação que eu perdi o rumo da prosa!
  Ele também mandou eu fazer exercício fisico, mais? Eu ando atras dos meninos o dia todo, lavo roupa, lavo louça, cozinho, limpo casa e preciso de mais exercício? Ele disse que esses que eu faço não serve, é sempre assim Dona de Casa nunca faz nada, né? Eu disse pra ele que não tenho tempo ai ele falou para eu caminhar, 30 minutos por dia e que era para no final eu me sentir cansada e suada se não fosse assim não valeria. 
  Eu quando limpo casa levo mais de 30 minutos, fico molhada de tanto suor a ponto de pensarem que tomei banho e fico morta de cansada e isso não conta né?
  Quando falei para ele que não tinha tempo ele disse assim:
  - Olha, o meu dever é recomendar e se você tem tempo ou não é um problema seu!!!
  Que médico grosso, insensível, eu sei que o MEU problema não é dele, mas ele precisa botar o cavalinho na tela desse jeito?
  Por fim eu ainda não arranjei tempo para caminhar, mas isso é um problema MEU. Grossa eu? O problema não é meu mesmo? Ou você pode me ajudar? Bota o cavalinho na tela kkkkkkkk
  Ta vendo como é bom dar patada nos outros, se você já deu em alguém se arrependa e se você não deu...esta esperando o que???
  É muito legal dar patadas...rsrsrs De vez em quando e por brincadeira viu!!!
  
  Bom gente eu vou nessa, porque o Mateus esta no meio das minhas pernas chupando o dedo...que horror. As vezes penso que ele quer voltar para o útero.  

Não quero mais que cheguem as "noites"

  Bom eu acordo com sono todos os dias. Se eu durmo? Durmo, quer dizer eu acho que durmo. Muitas vezes na noite eu me pego acordada olhando para a minha filha que dorme ao meu lado. E muitas vezes eu também vejo o meu marido na porta do quarto olhando para a Duda também.
  Acho que estamos com problemas, né? Ahh sim eu ainda acho, porque o dia que eu tiver certeza... enlouqueço! 
  Depois daquela noite em que ela teve uma crise nós ficamos muito assustados e com muito medo de uma nova crise noturna, por isso estamos meio sonâmbulos. 
  O Diego se recusa a dormir com ela, porque se sem ela ele vem toda hora no quarto imagina a cada movimento dela o que ele não faria. E então eu "durmo" com ela, eu acho que durmo até agora não consegui descobrir se durmo ou não!
  Você não faz ideia do que é dormir com medo de algo acontecer. Nesse caso não se dorme né? Se cochila? É, talvez...
  A Eduarda se mexe muito de noite e então eu sempre acordo achando que algo esta acontecendo e algumas vezes eu a acordo para de fato ter certeza que ela esta bem.
  As vezes também acendo uma luz para ver se esta respirando e por ai vai.
  Centenas de desconfianças e inseguranças assombram as nossas noites, mas o dia chega, a tarde vem e lá estou eu em mais uma noite de "dorme e acorda". Fora que ela toma remédios de madrugada e então todas as noites as 24:00h e as 4:00h eu acordo para dar remédio. E mais uma vez muitas dessas horas o meu marido entra no quarto e me acorda perguntando se eu dei o remédio.
  Gente ninguém merece, além de acordar com o despertador ainda acordo com o Diego querendo saber se esta tudo certo por ali. Eu não resmungo com ele porque sei o quanto esta preocupado também, mas que não é fácil... isso não é!
  Na verdade muitas coisas me assombram como por exemplo uma ligação de número desconhecido no meu celular. Se isso acontece eu já atendo desesperadamente, ai se escuto o nome da escola...pronto EN - LOU - QUE - ÇO (não sou muito boa com isso, mas acho que separei certo..rsrs).
  Claro que nem sempre o problema é com a Duda, as vezes é com o Mateus e as vezes nem é problema com os meu filhos, mas até provar que focinho de porco não é tomada (essa é velha, hein?) já era, já SURTEI.

domingo, 19 de junho de 2011

Como um dia de DOMINGO "19/06/2011"

  Bom galera segue mais um Dia de Domingo com aquela receitinha deliciosa do metre cuca Diego.


Rocambole de Carne alá Maridão

  Ingredientes da Massa:
  • 1kg de carne moída
  •  1 pacote de creme ou sopa de cebola
  • 1 cebola
  • 200g de bacon
  • 4 colheres(sopa) de azeite
  • alho a gosto
  • salsinha e cebolinha a gosto
  Ingredientes do Recheio:
  • 200g mussarela
  • 200g de presunto
  • 3 colheres de requeijão
  • azeitona picada a gosto
  • 1/2 calabresa picadinha
  • orégano a gosto
  • 2 colheres (sopa) de molho barbecue
  Modo de Preparo do Rocambole:

  Reserve a carne e bata todos os ingredientes no liquidificador. Junte com a carne e misture até virar uma massa homogênea, num é que eu sei montar isso com as palavras certinhas...rsrs
  Abra a massa não muito fina no tamanho de sua forma e vamos começar a rechear. Gente a ordem dos tratores não alteram o viaduto, mas vamos que vamos.
  Espalhe o requeijão na massa, a calabresa e as azeitonas(uma verdadeira meleca deliciosa). Em seguida coloque as fatias de presunto, as de queijo, o orégano e molho barbecue. Enrole o rocambole deixando ele bem firme e com cuidado para não abrir a massa, leve ao forno pré aquecido até a carne dourar e reserve.
  Faça um molhinho de tomate simples e ralo usando também o caldo que saíra da carne já assada para umedecer o rocambole. Salpique queijo ralado e decore como achar melhor. Nós colocamos nas laterais da forma batata e mandioca frita, tudo muito light claro.

  Rendimento:

  Então gente o rendimento é daquele jeito, depende da fome de quem come...rsrsrs 
  Rende mais se comer menos...kkkk









  Sugestões:

  Como eu já disse antes o nosso metre cuca aqui nunca segue a receita ao pé da letra, então façam o mesmo... se vinguem dele... hehehe
  Coloque os restinhos de coisas que tem ai na sua casa a gente colocou a calabresa que sobrou do pastel de sábado...rsrsrs
  Mas por favor não vão colocar resto de arroz e feijão que não rola, viu?!!!

 Já ia me esquecendo de contar pra vocês o que eu fiz para o almoço. Vocês não estão vendo, como não, eu fui comprar a coca-cola e como diz o Mateus cola-cola. Ta vendo gente como eu ajudo, ahhh e lavo a mega louça que ele suja né?!!!
 Você quer saber porque o Mateus esta com essa cara? Pergunta pra ele ué, porque eu também não entendi rsrsrs

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Vocabulário " Fofamente Errado"

  Bom gente nem preciso falar pra vocês o quanto meus filhos são fofos, lindos, inteligentes, deliciousos e todos os outros adjetivos mais belos que servem para qualificar um filho. Claro que como uma boa mãe coruja que eu sou eu acho lindo TUDO que eles fazem inclusive o falar errado.
  Gente é fofo ver o seu filhinho falando errado e o melhor de tudo é ver as pessoas não entenderem nada, é como estar falando um idioma que ninguém entende. As vezes o Mateus fala com alguma pessoa e ela precisa se reportar a mim para traduzir. Se só eu entendo eu sou não sou uma mãe especial.... rsrsrsrs
  A Eduarda já não fala mais errado claro, até porque ela já é uma moça de 6 anos por favor, né?! Mas tem uma coisinha que desde sempre ela fala errado que é lagartixa. As vezes quando aparece uma ela grita "Mãe olha uma garatixa", que lindo. Eu não sei se dou risada ou ajudo ela com a tal garatixa. Outro dia tinha uma garatixa no quarto dela e eu falei que não tinha problemas, que a garatixa não faz nada. Como assim não faz nada? Ela deve ter pensado, minha mãe faz um escândalo por causa de uma barata e eu posso dormir com a garatixa no teto do meu quarto? É realmente não faz sentido, então ela simplesmente atacou a garatixa com um travesseiro. Agora eis ai uma boa diferença, eu jamais atacaria uma barata com o MEU travesseiro, né?
  E aproveitando o pequeno erro de vocabulário da Duda, vem ai o vasto vocabulário fofamente errado do Mateus.
  "Mamãe, eu quelo porrada". Que? Quer apanhar assim, por nada? Meu Deus nunca vi uma criança de dois anos pedir porrada para a mãe, a ta ele deve ter falado algo errado. Veja como fica melhor assim "Mamãe, eu quero torrada".
  "Meu carro queblou na costa dele". Ora o carro dele quebrou na traseira, simples assim.
  "Papai Noel" é Papai do Céu.
  "Mamãe, jogou no mato do topa". Pera ai Mateus ai você esta forçando a mente da mamãe aqui. Isso ele me disse aos prantos e era em relação a irmã, mas o que a Duda pode ter jogado no mato se nem mato temos em casa? Ela havia jogado o carrinho dele em baixo do sofá, então fica assim "Mamãe, jogou em baixo do sofá".
  "Quelo atiti Pica Paulo", essa foi fácil né??? Não? Ah esqueci que só quem entende sou eu "Quero assistir Pica Pau".
  "Mamãe, num tô mala não?". Não Mateus, você não é mala não!!!
  "Calaca pala, Calaca tala a boca". O nosso cachorro pra quem não sabe se chama Karaca e ai ele desembesta a falar com o cachorro, "Karaca para, Karaca cala a boca".
  "Eu vô toma banho todinho", vai tomar banho ou todinho? Ah claro, vai tomar banho sozinho... gente ele já é um homenzinho e tem dois aninhos, né? Detalhe que sempre ele pede pra gente não olhar a bunda e nem o pinto dele...rsrsrs
  "A água caiu no rabo", quê? Como assim? Menino você não tem rabo e sim bumbum. Claro que ele sabe que não tem rabo e por isso ele disse "A água caiu no ralo", simples assim.
  "O reboleitonton reboleitontontontonton" isso ele faz em pé no sofá e se achando o melhor dos cantores. E por favor gente essa cultura inútil não vem de casa viu! E por falar nisso onde foi que esse menino aprendeu essa música? E a tradução da mamãe aqui não é preciso né? Porque basicamente a música é essa.
  "Atim tuga?" é uma pergunta. Atim é espirro e tunga? A claro "Assim enxuga?"
  "Uma batata", uma batata na sala? Quem deixou uma batata na sala? Agora a batata foi para o quarto? E por acaso batata anda? Serve "uma barata"?
  "A minha camida é noba é?", a minha comida... não, não. "A minha camisa é nova é?"
  "Pala Duda ete é meu toti, num vô tila não, plonto", entendeu? Ai por favor essa foi fácil, eu peguei a Duda mandando ele tirar o shorts, mas se não tivesse visto seria impossível entender... "Para Duda este é meu shorts, não vou tirar não, pronto", me diz se isso não é fofo?
  "Tenteia debagar" tem hora que ele força né? "Penteia devagar".
  "Éguas doido". Isso é uma giria maranhense e claro que isso ele fala direitinho para todo mundo entender! Vai entender?!


  Então é isso galera, meu filho fala assim 24 horas por dia e se eu for contar pra vocês tudo já sabem né? Vão ficar com o rabo, quer dizer bumbum quadrado de tanto tempo que vão ficar sentados. Isso eu peguei basicamente em uma banhã, quer dizer manhã...acho que isso pega é melhor ficar por aqui e cuidado pra você não sair falando errado. Porque no caso deles isso tudo é fofo, mas na nossa idade é de ridículo pra baixo...


  Antes de terminar neste exato momento ele esta imitando um cachorro na sala e dizendo para a irmã "Olha Duda um arroro, au au" kkkkk 
  E agora ele esta chorando do meu lado dizendo "Mamãe a Duda bateu em mim"... vai entender...  

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Meus dois filhos internados por quase 1 mês



  Mas... (continuação da última postagem)


  Pois é, o Mateus teve alta no sábado e maravilha... estamos fora do hospital e segue nossa vidinha, certo? Não!!! Uma pena, mas (eis ai o bendito MAS) esta errado. Porque dois dias depois que o Mateus teve alta a Eduarda resolve voltar para o hospital. Sacanagem dizer que ela resolveu voltar, ela passou mal...fazer o que? Levar ela para o hospital!!!
  Ela estava com a febre muito alta e se sentindo bem molinha, mais do que depressa chegamos ao hospital. Uma médica a 
consultou, mas como ela ainda não tinha dado nenhuma crise ela foi para a observação pediátrica. A pediatra que sempre cuida dela me viu e não acreditou, não conseguia imaginar com qual dos dois eu estava desta vez. Passei os sintomas da Duda pra ela e ela mandou imediatamente hidantalizar (dar Hidantal - remédio anticonvulsivo) minha filha e quando entramos no apartamento em que ela estava a Eduarda começou a ter uma crise. Imediatamente descemos com ela para a Urgência e dai em diante ela teve 8 crises, mas todas bem rapidinhas. Passamos a noite com a Duda toda monitorada e ela ficou bem, estava com uma sinusite aguda que deveria ser tratada intensamente e por isso ficaria internada.
  Isso era uma segunda-feira e na terça o Mateus começa a vomitar e ter febre alta e meu marido e minha mãe o levar para consultar no hospital, e acreditem ele também internou por estar com sinusite aguda. Coincidência??? Talvez!!! Mas o fato é que desta vez eu estaria com meus dois filhos internados.
  Os médicos resolveram tratar os dois com o mesmo antibiótico para que um não ficasse passando para o outro, além do mais a Eduarda sempre era a mais prejudicada por ser mais debilitada. 
  Era uma loucura, um dia um vomitava e o outro tinha diarreia e no outro dia eles invertião os sintomas... parece mentira, mas era coisa de louco.
  Por fim ambos tiveram alta depois de quase um mês internados e por hora estamos em casa...rsrsrs 
  Deus me livre... Por MUITO tempo estaremos em casa. 


  

terça-feira, 14 de junho de 2011

A crise que até agora mais nós abalou

   No dia 17/04/2011 domingão á noite fomos dormir, estava tudo tranquilo como a maioria das nossas noites e claro cada um no seu quarto, o Ma desde sempre dorme no quartinho dele e muito recentemente a Eduarda esta dormindo no quarto dela também. Bom mais uma noite aparentemente tranquila e lá pelas tantas da manhã a Eduarda veio ao nosso quarto como a maioria das noites querendo fazer ninho na nossa cama (risos) e como todas as vezes eu a mandei embora e ela foi. Não demorou muito ela voltou e eu muito cansada disse para ficar e a mesma entrou no meio do pai e eu. De repente algo me acorda e lá estava minha filha em crise e no estado em que ela estava calculamos que ela estivesse em crise a pelo menos uns 40 minutos, as crises delas são muito silenciosas. Acordei o Diego e isso era umas 5:30 da manhã, nos vestimos de qualquer jeito, arrancamos o Mateus do berço e voamos para o hospital.
  Nossa filha estava em crise convulsiva e lá estávamos nós mais uma vez desesperados e ansiosos para vê-la bem novamente. Foram apenas duas horas e meia de crise, quer dizer “apenas” porque a maioria delas costumam ser mais longas e essa foi uma das mais rápidas até então. Ela voltou da crise e ficou bem. Descobrimos nela uma sinusite e ela ficou internada por uma semana, mas o duro mesmo foram às recomendações médicas. Uma delas era nunca mais deixá-la dormir sozinha e isso me pareceu necessário, mas não aceitável.
  O dormir sozinha para mim era algo que ela precisava, acredito que todos precisam de espaço, intimidade, ter um cantinho só nosso e com a minha filha não queria que fosse diferente. Ela vai crescer, virar uma mulher e dormir comigo ou com o pai? Mas não poderia a deixar dormir sozinha e correr o risco de nunca mais vê-la acordar, e então tive que aceitar o fato de NUNCA mais deixa-la dormir só. Pensamos em algumas tecnologias para nos ajudar, por exemplo, a babá eletrônica não nos ajudaria porque a Duda não faz barulho durante as crises e pensamos em outras, mas também não vimos vantagens. Bom, nada como dormir com ela e estarmos certos de que “tudo” ficara bem assim.
  Neste meio tempo o Mateus estava gripadinho há quase um mês, sem falar na loucura que foi esta internação da Duda porque eu e o Diego estávamos sozinhos e ele tinha que ficar com o Ma de manhã e só poderia trabalhar o período em que ele estava na escola, nem preciso falar o quanto foi difícil conciliarmos tudo. Passamos a Páscoa no hospital e mais uma vez meus filhos comemoraram uma data que as crianças gostam no hospital, ganharam chocolates e até falaram ao telefone com o coelhinho da páscoa, mas tudo dentro de um quarto trancados. 
  O Mateus ainda estava muito ruim, evei ele na urgência do hospital em que a Duda estava internada 3 vezes até que diagnosticaram pneumonia e passaram antibiótico para tratarmos em casa. A Eduarda teve alta na segunda seguinte (25/04) e a nossa rotina voltou ao normal, quer dizer estabilizou-se uma nova rotina porque a Duda não mais dormiria só.
  Eu e meu marido teríamos que nos “separar”, teríamos que revezar as noites com ela e o que até então nos pareceu simples demais virou um pesadelo. Depois que a Eduarda passou a ter crises convulsivas nossos dias eram turbulentos, temíamos a luz do dia e nossas noites eram repletas de tranquilidade. Ela nunca havia tido crises pela noite e então as noites nos eram sempre as mais agradáveis. Até que este dia chegou, ou melhor, até que esta noite chegou.
  Ela queria dormir comigo de noite e pra mim tudo bem, mas a cada movimento dela eu acordava para checar se tudo estava bem, a cada barulho, a cada suspiro mais forte, a cada silêncio muito duradouro eu acordava e o que antes era muito gostoso hoje é um verdadeiro pesadelo. Os dias foram se passando meus filhos se recuperando até que na sexta-feira (29/04) pela tarde meu telefone toca e era da escola das crianças e meu Deus, quando sei que a ligação é de lá meu coração dispara. Era a gestora dizendo que o Mateus estava com 39.8 C° de febre, eu fui busca-lo e levei para o hospital.
  A caminho do hospital tive algumas lembranças e elas me levaram ao desespero. Me lembrei que a Duda tinha mais ou menos a idade dele na sua primeira convulsão, que ela estava com febre assim como ele, que estava com diarreia igualzinho a ele e que eu a levei sozinha para o hospital assim como eu o estava levando. Ele dormiu no carro e quando se mexia eu o acordava para saber se ele estava bem, eu estava em um engarrafamento e temendo reviver o passado. Eu estava desesperada de uma maneira descontrolada porque eu não o queria com os problemas da irmã.
  A médica estranhou ele estar com febre depois de 10 dias de antibiótico e disse que achava melhor ele internar, eu estava cansada de estar no hospital e meu marido precisava trabalhar, mas tudo bem se é melhor ele internar eu aceito. Tentaram pegar a veia dele e nada, o moleque é muito ruim de veia e a febre havia abaixado e voltei na médica para saber se teria como eu tratá-lo em casa, ela disse que sim se eu tivesse alguém para aplicar injeção nele. Bingo, a madrinha dele é enfermeira e então resolvemos tratá-lo em casa com cinco dias de Rosefim (remédio que cura até meningite segundo os médicos), fomos para casa e começamos a tratá-lo.
  Aplicamos nele a primeira dose do Rosefim e na madrugada ele estava com 40.7 C° de febre e não queria ir sozinha com ele para o hospital. Disse para meu marido vir comigo e deixaríamos a Eduarda com a madrinha do Mateus, mas estávamos com medo da Eduarda passar mal na madrugada e estar sem nós. Que loucura, nós costumávamos sair e deixar as crianças à noite com pessoas que confiávamos e agora me parece que nem isso conseguimos mais fazer. Mas sozinha eu não iria de forma alguma, imagina eu estar só e algo acontecer? Chamei a madrinha dele para ir comigo a febre dele lá baixou e eu o levei para casa e ficaríamos atentos com a temperatura dele.
  Passamos o d de olho no Mateus por causa da febre e ao que tudo indicava estava com a febre controlada, mas ele ainda estava muito ruim e combinamos que se ele não melhorasse iríamos internar ele. E dito e feito, levei ele no hospital e o mesmo internou com a febre altíssima.
  Cheguei em casa e meu marido estava com uma cara de cansado e eu perguntei se ele não havia dormido. Ele disse que não aguentou dormir com a Eduarda, porque ela se mexe muito e ele sempre pensava que era uma nova crise. Eu disse para ele que eu também estava passando por isso a noite e sempre via ele vindo no quarto em que estávamos para ver se a filha estava bem se acaso eu entrasse em um sono profundo. O nosso medo era nítido, a preocupação e a falta de sono também. E agora o Mateus também era alvo da nossa preocupação, pois ele estava mantendo a febre alta. Meu marido estava dormindo com ele e preocupado com a Eduarda e eu estava dormindo com a Eduarda e preocupada com o Mateus.
  Passamos a ficar de olho no Mateus por causa da febre e ao que tudo indicava estava com a febre controlada, mas ele ainda estava muito ruim e combinamos que se ele não melhorasse iríamos internar ele. E dito e feito, levei ele no hospital e o mesmo internou com a febre altíssima.         
  Durante a internação do Mateus a Eduarda apresentou uma crise, estávamos no saguão do hospital e ela começo a virar os olhinhos e eu dizendo que não era possível isso estar acontecendo. Como assim? O Mateus esta internado e você ainda quer dar uma crise convulsiva? Vocês querem me deixar louca? E lá estava minha filha tendo uma convulsão e eu sem saber se subia para o quarto do irmão para dar o remédio dela que estava na hora ou se ficava logo no térreo para levar ela na emergência. Coloquei ela em uma cadeira de roda e subi até o apartamento do Mateus para dar-lhe o remédio e assim ter tempo de ver se a crise iria evoluir, mas Graças ao bom Deus ela ficou bem. E claro que eu continuo em frangalhos e meu marido não fala muito o que sente, mas me parece estar bem incomodado com essa nossa rotina de hospital.
  Quando desci para devolver a cadeira de rodas encontrei uma funcionária que nos conhece e ela perguntou das crianças, eu respondi “estão bem meus dois filhos problemáticos”. Que injustiça com meu filho, pobrezinho ele nunca adoece e quando acontece leva a culpa junto da irmã. Estamos tão cansados de ir ao hospital que não suportamos a ideia de que nosso filhinho precisa desses cuidados também.
  Por fim o Mateus teve alta mas, ...



ps.: Vou deixar para a próxima postagem, porque esse "MAS" definitivamente me estressa!!!! 


segunda-feira, 13 de junho de 2011

A união entre meus filhos

  Gente vocês não acreditam nas coisas que desde sempre meu filho faz. O Mateus veio por Deus para somar em nossas vidas, o carinha é mega, ultra, power inteligente.
  Um dia acordei com vontade de sair sozinha com eles e na maioria das vezes sempre levo alguém comigo para me ajudar, mas neste dia eu estava sem vontade de sair com outras pessoas que não fossem meus filhos e então nos arrumamos e saímos para almoçar em uma lanchonete. Estacionei meu carro um pouco distante, coloquei o Mateus no carrinho e fomos caminhando até a tal lanchonete. Quando eu ia pagar os pedidos a Eduarda me avisou que estava tonta e começou a virar os olhinhos e eu não queria acreditar que teríamos que sair correndo de lá, estávamos muito longe do hospital e distantes do carro também. Cancelei o pedido e pedi ajuda aos funcionários para levar as crianças até o carro e inacreditavelmente eles disseram que não podiam me ajudar, eu sai de lá com a Duda no colo e empurrando o carrinho do Mateus. Eu não iria conseguir levar os dois sozinha, atravessar rua, subir e descer da calçada o carrinho do Mateus  com a Eduarda no colo e então comecei a chamar um motoqueiro que estava do outro lado da rua e ele não entendia que eu estava falando com ele, à final nunca havia me visto. Comecei a gritar chamando ele o mesmo veio até mim e Graças a Deus me ajudou a levar as crianças para o carro, coloquei o Ma na cadeirinha e disse para a Eduarda ficar sentada perto do irmão ela não poderia deitar para não engolir um possível vomito e pedi para o Mateus segurar a cabecinha dela, pois ela estava mole querendo desmaiar. Parecia um pedido inútil como uma criança de 11 meses seguraria a cabecinha da irmã, mas eu o fiz e queria precisava muito que ele me ajudasse porque naquele momento ela precisava de nós dois.
  Sai com o carro com a mais de mil claro e estava um transito terrível parei um outro motoqueiro em um farol e disse que minha filha estava passando mal e precisaria ir pro hospital, pedi que ele abrisse caminho pra mim até lá e ele assim o fez. Em seguida outro motoqueiro viu o que estava acontecendo e foi ajudando também, nós três buzinando e pedindo para as pessoas saírem da frente. Não demorou muito cheguei ao hospital que era do outro lado da avenida e sem pensar atravessei o meio fio, entrei e parei meu carro na entrada da emergência e o mais inacreditável estava por vir. Quando olhei para traz lá estava meu filho, aquele carinha de 11 meses, aquele bebe que todos dizem ainda não ser capaz de entender nada, ele estava segurando a cabecinha da irmã como eu pedi. Estava do mesmo jeito que eu coloquei a mãozinha dele no rosto dela, aquela mãozinha pequenina que mal podia com o peso da cabecinha da irmã lá estava segurando firme e forte nas aceleradas e freadas do carro.
  Peguei-a em meus braços e a deitei na maca do hospital, voltei peguei o Mateus e entramos na sala da emergência. Coloquei o Mateus no sentado ao lado dela e lá ele ficou sem me mexer, sem falar, sem chorar, nem parecia que estava com fome, com sede e com sono. Uma moça foi estacionar meu carro e voltou com a chave e minha bolsa nas mãos eu agradeci e logo em seguida meu marido chegou.
A Eduarda não demorou muito e saiu da crise, o Mateus saiu com o pai para almoçar com o pai e eu fiquei com ela que teria que ficar em observação.
  Não demorou muito também fomos pra casa e tudo voltou ao normal, quer dizer nem tudo. Porque depois dessa o Mateus só não era mais um bebê pra gente, ele era um serzinho inexplicável que a partir daí começamos a enxergar laços, ou melhor, nó que ele e a Duda atavam. E só tenho a agradecer...
  Em uma outra ocasião a Eduarda estava passando mal e o Mateus assistiu tudo, ele tinha somente 1 aninho, ela ficou no hospital muito ruim e ele foi pra casa e ao chegar ele sumiu das vistas das pessoas. Uma amiga foi atras dele e não acreditou e chamou as demais pessoas para ver também, ele estava com a cabecinha deitada no criado-mudo do meu quarto onde tem fotos da família. Ele estava passando a mãozinha sobre o rosto da irmã em um fotografia e derramando lágrimas, poucas lágrimas...ele não estava chorando, ele estava lamentando certamente o que a irmã estava passando.
  Só tinha mulher neste momento em minha casa e todas começaram a chorar se emocionaram com a cena, mas quem não se emociona?
  Agora me diz se o Mateus é ou não é um presente para a Duda?!
            

Deus, obrigada por escrever certo em linhas certas, obrigada por me tornar capaz de cuidar e amar os meus filhos. Obrigada pela vida da Eduarda, obrigada pelo Mateus, obrigada pelo marido que tenho, obrigada pela vida que tenho, obrigada por nos fazer capaz e obrigada por TUDO. 

Mateus "A Bordo na Nave Mãe"

  Horas antes de subir no avião para ir à São Paulo fiz um teste de farmácia e POSITIVO. Ebaaaa um bebê, que legal!!!  
  Eu e a Duda chegamos em São Paulo e revemos parentes e amigos, desta vez curtimos menos ainda pois eu estava grávida e tinha que ir no médico também para começar o meu pré-natal. Um dia fui passar com um médico para fazer um BETA-HCG e lá mais um problema começa. Nesta época estava tendo uma campanha muito forte para vacinação contra a rubéola e eu por não imaginar que poderia estar grávida tomei a vacina e é ai que meu drama começa de novo.
  Na sala de espera do médico, minha sogra e a cunhada dela me perguntaram se eu havia tomado a vacina e eu ingenuamente e orgulhosa de me cuidar disse que sim. As duas se olharam e eu perguntei o que estava acontecendo e elas me disseram por alto que gestante não poderia tomar a vacina, pois o feto poderia nascer com má formação e eu comecei a chorar. Como eu posso ter outro filho especial? Isso é uma loucura. Dizem que dois raios não caem no mesmo lugar, cai? Porque se cair eu estou ferrada!


  Respirei fundo e parei uma enfermeira para perguntar, pois a espera pelo médico me matava. Claro que não disse que eu estava grávida, disse apenas que uma amiga havia tomado à vacina e estava grávida e que eu por curiosidade queria saber o que poderia acontecer com o bebê dela. Ela então respirou fundo e como uma metralhadora começou a falar que a probabilidade da criança nascer com problema era de 99% e me falou nome de doenças que nunca nem ouvi, entre elas falou sobre surdez, cegueira e amputação de membro.     
  Esta mulher tirou meu chão, tirou o mundo debaixo dos meus pés e eu comecei a chorar inconsoladamente. Minha sogra também escutou e não conseguia me acalmar e a espera pelo médico ficou ainda pior e eu não conseguia me controlar, na mesma hora liguei para o meu marido aos prantos e ele tentava me acalmar, mas também estava desesperado.
  Finalmente minha vez chegou e o médico por saber que EU estava grávida contornou a situação e disse que a porcentagem não era tão grande assim. Ele não me convenceu e procurei outros médicos e alguns amigos também tiraram suas dúvidas em relação à vacina. E a conclusão era que os médicos que sabiam que eu estava grávida contornavam a situação e os que nem me conheciam afirmavam a porcentagem da tal enfermeira.
  Os dias foram passando e a probabilidade de eu estar esperando um filho com sérios problemas era cada vez maior. Os médicos, a internet e as histórias me davam muita certeza que eu não poderia ter esse filho.
  Sempre digo que ter um deficiente não é cruz e nem um calvário, mas dois? Minha filha precisa de cuidados especiais e se eu tiver outro filho especial de quem vou cuidar? Quem vai ficar sobrando? E pra mim ter dois filhos especiais é humanamente incoerente, impossível e improvável. Minha filha precisa de um irmão para ajudá-la e não mais um que precisa ser ajudado. E onde esta Deus neste momento? O que ele quer de mim? Quem ele pensa que é pra fazer isso com minha vida e minha família? Deus me perdoe eu nem sei em que caminho andar, nem sei como expressar tamanha dor.
  E esta tremenda confusão eu tinha que resolver o quanto antes, pois os dias estavam passando e o bebê estava se formando. Fui a uma médica e perguntei quais eram os riscos em um aborto e ela disse que aborto é ilegal e que era contra os princípios dela como médica me falar sobre isso. Eu disse que sabia o que precisava tomar para abortar, quem não sabe? E também sabia que era ilegal, mas eu queria saber quais os riscos que eu corria. Muitas pessoas poderiam até não concordar com um aborto, mas não me julgavam, pois viam a minha situação. A médica disse que eu corria risco de vida sim e riscos sérios, além do mais minha saúde não ajudava e que a probabilidade de dar errado e eu morrer era grande. Eu já havia visto o preço do remédio, mas eu não poderia morrer, se eu morresse quem iria cuidar da Duda, se eu morrer ela vai perder a mãe não para um irmão e sim pra vida inteira. Se isso acontecesse era como se eu tapasse o sol com a peneira e ela precisava de mim.

  Descobri que tomar o remédio era uma péssima saída e eu então não sabia o que fazer. Eu olhava para a minha barriga e por Deus... era como se eu gerasse um monstro. Eu não o queria, a barriga me incomodava e com isso tudo a gravidez deixou de ser bem vinda. Eu não falava mais do irmão para a Eduarda à final eu não o queria. E nesta altura do campeonato só uma pessoa me entendia, ninguém me julgava, mas também não me entendiam.
  Minha prima havia estado na minha pele recentemente, ela tinha engravidado do seu segundo filho e ainda na gravidez descobriu um problema muito sério em seu bebê. Embora ela não tenha pensado em tirar o filho ela muitas vezes o negou e mesmo lutando intensamente pela vida e saúde do bebê ele veio a falecer com poucos dias de vida. E isso tudo era muito recente não fazia nem um mês, ela muitas vezes chorava ao telefone comigo. Ela dizia que sabia o que eu estava passando e que ela se arrependeu de não ter curtido mais a barriga, ela queria poder voltar e curtir cada segundo o tempo que ele esteve com ela. 
  Mesmo escutando tudo isso eu não o queria e o mais certo pra mim era tirá-lo. Disseram-me que se eu tomasse leite quente com canela eu teria um aborto, eu quase me embebedei com o tal leite de tanto que tomei. Passei a noite tendo a sensação de estar me sangrando, mas nada aconteceu. Era só o meu psicológico mesmo. Quer dizer aconteceu uma coisa, eu fiquei com uma tremenda diarreia, nem sei como pude acreditar que isso daria certo.
  Bom, minha última saída era fazer um aborto legal e então procurei a minha advogada e descobri que essa era mais uma furada. A advogada me disse que poderíamos até tentar, mas que ela sabia que eu não ganharia e que juiz algum me daria o direito de tirar este filho à final ele poderia viver bem, ele seria apenas mais um deficiente com suas limitações. Eu até tinha bons motivos para querer isso, mas o que eu não tinha era o direito de tirar a vida de uma criança que não tem culpa dos meus problemas, da minha falta de grana e talvez você até esteja pensando que o bebê não tem culpa da minha covardia.
  Posso até parecer covarde para você, mas não desejo nunca que você esteja na minha pele nem por um segundo se quer. Não sou melhor do que ninguém, mas muitas pessoas não aguentariam passar pelo que eu já passei. Bem, não estou aqui para te agredir e nem me defender, pense o que quiser de mim, mas reflitam em suas próprias vidas sempre. E nunca tentem se colocar no lugar de uma pessoa, pois isso não dá certo a menos que esteja realmente no lugar dela.
  Voltando ao assunto eu já estava sem saída, o jeito era aceitar e esperar. Alguns dias se passaram e eu tive um pequeno sangramento e fui direto para o hospital, eu esta com deslocamento da placenta e teria que fazer repouso. Que repouso que nada, eu não quero esse filho e ainda vou ter que fazer repouso? Eu não fiz, eu fazia tudo ao contrário do que os médicos me diziam. Eles me mandavam não subir e descer escadas e eu fazia. Eles diziam para eu não pegar a Eduarda no colo e eu pegava e ainda subia as escadas.
  Deus estava disposto a me dar esse filho e de nada adiantava o que eu fazia, o jeito era aceitar e pedir forças para suportar minhas angústias, resolvi então me cuidar e cuidar dele também.
 Voltamos para casa e arranjei um médico para acompanhar o meu pré-natal, ele disse para eu me acalmar e que meu bebê não iria ter problema algum. E então eu passei a desejar o meu bebê, o meu caçulinha.  

  A gravidez ainda era de risco e cada sangramento uma nova preocupação e um ultrassom, mas o bebê sempre estava bem e eu muito feliz. A Eduarda o amava e acompanhou tudo muito intensamente.
  Ele estava vindo para somar e a Duda teria que ter a certeza do quanto a amávamos e que ele jamais tomaria o lugar dela e sim conquistaria o lugar dele em nossas vidas assim como ela. Passei a dizer para ela que ele era o presente que a gente estava dando, um lindo irmão para brincarem juntos, se ajudarem e se amarem. Mesmo que ela não entendesse muita coisa eu sempre falava que se um dia eu e o pai a faltássemos ela o teria. E enquanto todos sem exceções juravam que ela teria ciúmes, eu e meu marido sempre tivemos a certeza de que ela não teria. Ela o amava e deixava isso muito claro, ela sempre foi madura e nunca insistiu em subir no meu colo, na minha barriga... ela tinha muito cuidado com o irmão. Ela idolatrava o PATEUZINHO (como ela o chamava) e dizia que iria ajudar a mamãe e eu tinha certeza que sim.
  Minha cesariana foi marcada e no dia 18 de Março de 2009 o meu príncipe nasceu. No mesmo momento que ele saiu da minha barriga saiu um peso enorme das minhas costas. E mesmo que eu nunca mais tenha falado dos meus medos em relação a algum problema com ele, eu tinha muito medo do que poderia estar por vir. Ele nasceu e pela Graça de Deus saudável e muito bem obrigado.
  No dia em que ele nasceu eu 

estava triste por estar longe da Duda, mas no mesmo dia ela foi nos visitar. Deixamos ela segurar ele no colo e ela adorou, ela reagiu muito bem com a chegada do irmão e eu nunca pensei que pudesse ser diferente. Fomos para casa e como não poderia deixar de ser o amor entre eles foi crescendo a cada dia mais e hoje um não pode viver mais sem o outro.
  

  O Mateus é um fofo, super bonzinho e adora dormir. O carinha é lindo, loiro, olhos azuis e branquinho.
  Meus bebês são as coisinhas mais doces e preciosas que eu tenho.
  





FILHOTINHOS A MAMÃE AMA VOCÊS...AMO CADA MILIMETRO DE CADA UM DE VOCÊS E OBRIGADA POR EXISTIREM E SEREM MEUS 



Como um dia de DOMINGO "12/06/2011"

  Boas Galera, como alguns de vocês já sabem eu vou dar uma inovadinha no blog. A maioria dos domingos meu maridão cozinha umas comidas mega boas em casa e claro que eu não poderia deixar de compartilhar isso com vocês né???
  Pois é, então podem esperar para dar muita risada dos pratos com bastante finess, ficar com vontade de comê-los, fazer na casa de vocês e como minha amiga Kellen disse " A não Tetê Gadolfi, engordar pela net já é demais" rsrsrs
  Bom esse domingo "Dia dos Namorados" hummmmmm, meu maridérrimo (acho que essa palavra não existe, mas define quem ele é...rsrsrs) fez um filé de merluza DELICIOSOOOOOOOOOOOOOO

Filé de Merluza alá Maridão 
(ele esta ditando e vocês podem imaginar como este momento esta sendo)

  Ingredientes:
  • 1 Kg de Filé de Merluza (sem espinhas, porque eu comprei com e quase não rolou e tirar as espinhas foi um saco)
  • 300 gr de queijo mussarela
  • 1/2 vidro de leite de coco
  • 1 lata de creme de leite
  • batata palha
  • alcaparras a gosto (aposto que muita gente nem sabe o que é isso...kkkkkkkkkkk
  • azeitonas a gosto, a setembro...rsrsrsr
  Modo de Preparo:

  Tempere o peixe (pra quem não entendeu ainda, merluza é peixe) com limão, sal, mostarda e  reserve. Hummm que chique...reserve.
  Monte em uma forma (a forma que irá servir, aquela bem fina como a nossa de alumínio) fatias grossas de tomates e distribua os filés por cima com os temperos, mas não coloque o liquido. Difícil isso né??? Meu marido vai nos deixar loucos...rsrsrs
  Coloque por cima as alcaparras, as azeitonas e o queijo picado (não em fatia, ele esta dizendo...kkkk). Misture o leite de coco com o creme de leite e despeje em cima dessa gostosura. Leve ao forno coberto com papel alumínio por 30 minutos e depois retire para dourar por uns 15 minutos.


  Quando retirar do forno cubra com batata palha e ATACARRRR

  Rendimento:

  Gente pelo amor de Deus, rende 1 kg de peixe e pronto. Pra quantas pessoas dá??? Ahh eu é que sei!!! Só sei que deu para o almoço e a janta...hehehe

  Sugestões:

  Coloque o mais te agrada porque a receita não era desse jeito, mas como meu marido é um Metre Cuca ele     inovou a receita....rsrsrs
  Se fizer com amor sempre dá certo...alias nem sempre, porque uma vez eu e uma amiga (PITUKA) fizemos um miojo ao molho branco e aff...que nojo, mas o engraçado é que a gente até hoje não sabe porque não deu certo se fizemos com " AMOR " !

  Ahhh e eu claro que fiz alguma coisa no domingo pra acompanhar o peixe...fiz suco da casca do abacaxi...hiiiiiiiiii


  Claro que o Mateus esta pelado, aqui é calor pra burro...
  Ahhh vcs viram meu suco né??? Foi o que de fato deu um chique na mesa...kkkkk





domingo, 12 de junho de 2011

Levamos a Duda para São Paulo "Ela vai operar com apenas 3 aninhos"

  As crises da minha filha são de difícil controle e por isso ela teve que operar, na verdade fomos para Sampa fazer exames mas... (sempre o MAS, gostaria de saber pra que mais ele existe se não para ME atrapalhar!!!)
  A Eduarda fez vários exames e um deles era necessário que ela tivesse uma convulsão e então eles tiram os remédios dela aos poucos para que ela tivesse uma crise e eles pudessem registrar tudo. No dia 9 véspera de seu aniversário ela teve a tal convulsão que começou às 11h34min e só parou às 14h04min. Eu e o Di (meu marido) ficamos desesperados e tinha hora que ficavam sete médicos em volta da cama e eu e ele sabíamos que não poderíamos ajudar. Teve um anestesista que entrou no quarto, balançou a cabeça e saiu. Os médicos estavam vendo UTI e as coisas da entubação já estavam entrando no quarto, quando até que fim depois de duas horas e meia ela voltou. Tivemos muito medo de perdê-la e acho que os médicos também. Ela só não morreu por um milagre e nós só não morremos por Deus. Não posso dizer que essas foram as piores horas de nossas vidas, porque já tivemos incontáveis piores horas de nossas vidas. Mas ter visto ela passar mal um dia antes de completar 3 nos criaram feridas que jamais serão esquecidas.
  Os médicos precisavam que ela tivesse mais de uma convulsão, mas depois de verem com seus próprios olhos eles desistiram de tentar de novo, acharam que era muito risco para ela. 
  De tanto remédio que ela tomou ela dormiu dois dias diretos e no dia 10 de Setembro dia de comemorar o 3º aninho ela estava completamente dopada. O pessoal do hospital enfeitou o quarto com balões e até levaram um presente para ela, mas ela estava muito dopada para dar atenção. Levamos o bolo, compramos refrigerantes e cantamos parabéns, mas ela também não se manifestou. Alguns parentes e amigos apareceram e levaram presentes, mas ela também não ligou. Fizemos a nossa parte e não deixamos passar em branco esse dia tão especial na qual a minha filha nascerá de novo. O Diego voltou para casa para trabalhar e eu fiquei com ela em Sampa.
  Os médicos estudaram o caso da Eduarda e de fato ela iria operar, a cirurgia seria concluída em 3 etapas:
  1. Colocar os N eletrodos diretamente em contato com o cérebro dela
  2. Fazer com que ela tivesse outra crise para mapear o foco das convulsões 
  3. E por fim retirar os pedaços do cérebro que iniciavam as crises
  Os médicos nos disseram tudo que eu já sabia e seria daí pra frente o que Deus quisesse. Acordamos bem cedo e fomos juntas para centro cirúrgico ela parecia entender e sem chorar entrou sozinha e a mim só restou rezar e ter muita fé. Algumas pessoas estavam comigo o tempo todo e outras pessoas estavam comigo em oração. Não teve um dia que eu me senti tão incapaz como neste dia e neste dia estar com o mundo era estar sozinha, minha filha estava operando e eu não poderia fazer nada por ela.
  Um segundo demorava uma hora e uma hora demorava uma eternidade. Eu falava com o meu marido, eu falava com minha mãe e o telefone não parava de tocar. Eu ascendia um cigarro com a bituca de outro(nesta época eu fumava), eu chorava, eu orava, eu me distraia, eu andava... e Nossa Senhora de Aparecida estava nas minhas mãos o tempo todo. E hoje depois de 4 anos escrevendo este episódio pra você ler eu choro como uma criança, jamais me esquecerei deste dia de mão atadas. E depois de mais ou menos seis horas a cirurgia terminou e eu fui buscá-la para juntas irmos pro quarto, eu estava falando com o Diego no telefone quando ela apareceu pra mim, deitada em uma maca, com algumas pessoas em volta, não consegui mais falar com ele, eu só queria olhar para ela e ver que ela estava viva. E na espera do elevador ela abriu os olhinhos e disse as palavras mamãe e mal, eu sorri de alívio e disse que estávamos fazendo tudo isso pra que ela ficasse bem. Esta primeira cirurgia foi para implante dos 97 eletrodos no cérebro e eles ainda colaram mais dez no couro cabeludo e em seguida ela faria um vídeo eletro encefalograma para mapear as crises convulsivas e aí eles saberiam exatamente em que local estaria o foco da crise comparando os exames anteriores.


  Retiraram os medicamentos controlados e depois de uns quatro dias ela teve a convulsão, desta vez foram algumas oito crises que duraram uns trinta minutos. A equipe médica se reuniu e a médica me chamou para conversarmos. Ela me explicou que a cirurgia seria muito perto da parte motora, mas que esta eles iriam preservar, pois a Eduarda se desenvolveu muito bem e já faz muitas coisas com o lado direito do corpo. Então decidiram retirar uma parte que seria da sensibilidade e bem próximo a área da visão periférica (lateral do olho direito) e me disse que ela possivelmente perderia a sensibilidade da mão, braço e face direita e o tal campo periférico da visão. Pra quem não sabe o campo periférico é aquele que nos deixa ver as coisas que estão ao nosso lado sem precisarmos virar o rosto. E eles também retirariam uma parte da frente do cérebro que comanda a organização e que essas perdas seriam bem prováveis, a menos que por causa da deficiência o cérebro já tivesse transferido esses pontos para o outro hemisfério. Só teriam certeza de algumas das perdas com o passar do tempo, à final ela é um bebê de 3 anos e não conseguiríamos fazer alguns testes específicos com ela. 
  Eu concordei com as perdas porque eu não tinha outra escolha e que se fosse para perder algo eu preferia que fosse logo, ela ainda era nova e com o crescimento ela acabaria aceitando os déficits. Eu fiquei chateada, mas tinha que encarar os problemas de frente e então aceitei o nosso destino mais uma vez. 

  O dia da outra cirurgia chegou e logo cedo acordamos, mas desta vez ela já estava muito traumatizada com tudo e os médicos resolveram anestesiar ela ainda no quarto. Deitei na cama com ela e em segundos ela apagou e mais uma vez fomos juntas até a porta do centro cirúrgico. Despedi-me dela e mais uma vez passaríamos horas intermináveis uma longe da outra.          
  Eu ia à capela, eu chorava, eu me distraia, eu fumava e as horas não passavam... o sol foi embora e depois de mais ou menos dez horas nós nos encontramos de novo. Ela com a cabeça enfaixada e eu com o coração dilacerado. Não demorou muito ela acordou e a recuperação estava sendo fenomenal. 
  A Dra. Eliana, o Dr. Capel, o Dr. Félix e outros tantos médicos haviam feito um excelente trabalho, eles me disseram que conseguiram preservar a área da visão e que ela estava muito bem. Mas... (ai que droga, esse "mas" não me deixa em paz)
  Depois de uns 3 dias da última cirurgia ela começou a passar muito mal e foi diagnosticado gastrite nervosa e medicamentosa. Mas também pudera, minha filha de apenas 3 anos passar 3 meses longe de casa... era enlouquecedor pra mim, quem dirá para ela.
  Mas o pior de tudo foi quando desenfaixaram a cabeça dela, ela não podia se olhar no espelho que começava a gritar, se olhasse ao menos o seu reflexo ela ficava enfurecida. Bom, se eu que sou adulta mal podia olhar para a cabeça dela, imagina ela. Estar careca e com a cabeça rasgada de ponta a ponta não deve ser fácil.
  Saímos do hospital direto para o aeroporto porque mesmo sendo muito bom rever meus amigos e parentes, não havia lugar melhor no mundo como estar na minha casa com meu marido.