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  Levei a Eduarda na neuro e não tenho boas notícias, alias não tenho nenhuma boa notícia.
  Cheguei lá com a ideia fixa de pedir para que minha filha não tome mais o Hidantal, comentei algo sobre ele em uma outra postagem. Esse remédio ela esta tomando desde Maio e com o uso prolongado e continuo ele traz sérios problemas, incha a gengiva a ponto de sangramento constante e aumenta muito os pelos pelo corpo. Embora seja ele quem tem controlado as crises da Eduarda eu não quero trazer a ela mais problemas do que ela já tem. E ao declarar a minha decisão para a médica ela me disse que ainda não pode tirá-lo, que ele tem controlado as crises e que certamente ela terá crises se retirarmos o medicamento. Embora a médica também não queria continuar com o medicamento ela pediu que eu aguardasse o resultado de um exame que a Duda fez dia 15/07. Acho que a médica ainda não entendeu que EU não quero mais a minha filha com esse remédio, porque conheço casos que em 4 meses de uso a criança ficou muito peluda, mas muito mesmo.
  Além do que, depois que a Eduarda começou com esse medicamento ela ficou muito alterada, sem concentração e até na escola teve problemas. Ela já estava começando a ler e agora por causa deste medicamento ela não tem mais atenção e concentração no que faz.  Quem conhece minha filha sabe que ela daria tudo para sentar e assistir um bom filme infantil e agora nem isso mais ela faz.
  A médica pensou em um calmante para esse problema de deficit de atenção, mas que o calmante poderia desencadear novas crises. Nesse caso fica claro de que até os médicos se sentem sem escolhas seguras para seguir. Eu não estou convencida a continuar com o Hidantal e na próxima consulta espero que a médica suspenda o uso.
  Mas não foi só isso que aconteceu na consulta. A médica me disse em alto e em bom som que o caso da Duda era muito complexo e em seguida me fez algumas perguntas bem estranhas sobre a Eduarda. Ela me perguntou se ela tinha mal cheiro nas axilas e pelos pubianos, como assim? Helowwww, minha filha tem 6 ANOS se ela tivesse esses sintomas ela estaria entrando na puberdade. Pois é isso, exatamente isso PUBERDADE PRECOCE. A médica me disse que temia a puberdade precoce, que tem casos como o da Eduarda em que a criança entra na puberdade com 7 anos. A médica pediu para que eu ficasse alerta com esses sintomas porque quando a Eduarda menstruar nossas vidas certamente vão virar de pernas para o ar. Como assim menstruar com 7 anos? Minha filha mal consegue limpar o bumbum e pode ser que precise trocar um absorvente? Não consigo imaginar essa cena, alias eu nem quero imaginar. 
  As vezes eu tenho certeza de que nada mais vai me abalar, de que já escutei tudo de mais bizarro que uma mãe pode escutar e é em uma hora como essa que eu descubro que nada sei. Pensar em uma puberdade precoce é assustador, me faz derramar centenas de lágrimas e sentir uma dor infinita em meu coração, mas não é pior do que ter a certeza de um dia ela vai menstruar. 
  Sabemos que isso um dia vai acontecer e vai arrasar com nossas vidas, mas precoce já é demais né? Talvez muitos não saibam, mas mulheres com o quadro da minha filha, meninas com crises convulsivas quando menstruam passam por uma mega turbulência. Os excesso de hormônios descontrolam as medicações e fazem com que as crises venham em maiores quantidades e com isso mais violentas. Aceitar uma talvez puberdade precoce é sofrer 4 anos antecipado, é passar pelo que inevitavelmente passaríamos aos 10 anos de idade quem sabe. Eu espero que não aconteça com minha filha e certamente esse tem sido o GRANDE pedido a DEUS. 
  É muito duro muitas vezes ao longo do dia olhar para a minha filha e ter que educá-la, ter que tratá-la como eu trato o irmão e a fazer entender  que não se pode fazer determinadas coisas. É uma balança e duas medidas, a medida da educação para viver com a sociedade e a medida do viver feliz para sempre a cada segundo.
  Eu e meu marido assim como todos os pais educamos os nossos filhos para a vida, e claro que brigamos, colocamos de castigo, deixamos chorar e choramos junto, choramos muito, mais internamente. Nenhum pai gosta de ver seu filho triste, mas entende que é preciso educar mesmo que isso muitas vezes nos chateie. Mas  com a Duda é muito diferente, não a forma em que a tratamos mas sim a forma que nos sentimos principalmente quando ela esta passando mal. Ela sofre muito, ela se sente mal, ela adoece muito, ela sofre discriminação e preconceito e mesmo com TUDO isso eu ainda tenho que brigar com ela, eu preciso educar ela. O remédio deixou ela mais agitada e então imagina o quanto temos que controlar mais ela. Muitas vezes me sinto mal em ter que brigar e impor o que a sociedade aceita ou não, porque embora essa seja a função dos pais eu confesso que quando carrego minha filha babando, vomitando, virando os olhinhos eu na maioria das vezes me sinto um mostro por não deixar ela fazer o que quer e quando quer. 
  Eu e o Di na medida do possível deixamos a Eduarda viver intensamente a vidinha dela, mesmo que pra isso muitas vezes sejamos alvos das pessoas nos chamando de inconsequentes. Mas independente disso vamos continuar nos doando 100% para o que acreditamos trazer a felicidade aos nossos filhos. 

Mateus e Eduarda a mamãe ama vocês e até o ultimo folego de vida será por vocês... MEUS FILHOS E MEU MARIDO SÃO A BASE DE TUDO