sábado, 11 de junho de 2011

A primeira de muitas convulsões

  Em Janeiro de 2006 minha filha teve uma febre muito alta e estava bem molinha, resolvi levá-la para o hospital. A coloquei no carro e sozinhas fomos a mais de mil para o hospital. Ela estava com febre de 38,5 e fui o caminho todo conversando com ela com medo de algo acontecer e quando cheguei lá minha mãe já estava me esperando, ficamos aguardando a médica nos chamar e minha filha começou a se contorcer toda e virar os olhinhos. Neste momento a coloquei nos braços da minha mãe pra não cairmos juntas no chão, pois minhas pernas começaram a bambear e começamos a gritar por socorro. Colocaram minha filha em uma cama e lá começaram a medicá-la, eu não sabia o que estava acontecendo e não sei como eu aguentei ficar forte neste momento.
  Minha filha estava inerte e não reagia aos medicamentos, ela estava tendo convulsão. Liguei para o meu marido e pedi que ele fosse para o hospital, ficamos com medo de perdê-la naquele dia. Depois de longos e intermináveis minutos ela reagiu e eu agradeci a Deus por nada disso ter acontecido em meu carro e por ele ter salvado a vida da minha linda e doce bebê.
  A Eduarda ficou doze horas na UTI sem nenhuma piora e fomos para o apartamento do hospital, lá ela ficou alguns dias só dormindo mas aquele terror havia passado. Uma neuro deu alta para a Duda e nos disse que ela iria passar a tomar gardenal, fiquei brava com ela e disse que minha filha não era louca, à final o povo sempre diz que gardenal é remédio de louco. E ela explicou que o remédio era para controlar as convulsões e que também era comum pessoas com o quadro (paralisia cerebral) da minha filha terem convulsão.
  Ela fez alguns exames e foi diagnosticado quadro epiléptico e mais algumas alterações em seu cérebro depois desta devastadora convulsão, porém Graças a Deus estragos pequenos perto do que poderia ter sido. Ela teve muitas convulsões depois desta e isso passou a virar uma terrível e dolorosa rotina para nós.

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