segunda-feira, 13 de junho de 2011

A união entre meus filhos

  Gente vocês não acreditam nas coisas que desde sempre meu filho faz. O Mateus veio por Deus para somar em nossas vidas, o carinha é mega, ultra, power inteligente.
  Um dia acordei com vontade de sair sozinha com eles e na maioria das vezes sempre levo alguém comigo para me ajudar, mas neste dia eu estava sem vontade de sair com outras pessoas que não fossem meus filhos e então nos arrumamos e saímos para almoçar em uma lanchonete. Estacionei meu carro um pouco distante, coloquei o Mateus no carrinho e fomos caminhando até a tal lanchonete. Quando eu ia pagar os pedidos a Eduarda me avisou que estava tonta e começou a virar os olhinhos e eu não queria acreditar que teríamos que sair correndo de lá, estávamos muito longe do hospital e distantes do carro também. Cancelei o pedido e pedi ajuda aos funcionários para levar as crianças até o carro e inacreditavelmente eles disseram que não podiam me ajudar, eu sai de lá com a Duda no colo e empurrando o carrinho do Mateus. Eu não iria conseguir levar os dois sozinha, atravessar rua, subir e descer da calçada o carrinho do Mateus  com a Eduarda no colo e então comecei a chamar um motoqueiro que estava do outro lado da rua e ele não entendia que eu estava falando com ele, à final nunca havia me visto. Comecei a gritar chamando ele o mesmo veio até mim e Graças a Deus me ajudou a levar as crianças para o carro, coloquei o Ma na cadeirinha e disse para a Eduarda ficar sentada perto do irmão ela não poderia deitar para não engolir um possível vomito e pedi para o Mateus segurar a cabecinha dela, pois ela estava mole querendo desmaiar. Parecia um pedido inútil como uma criança de 11 meses seguraria a cabecinha da irmã, mas eu o fiz e queria precisava muito que ele me ajudasse porque naquele momento ela precisava de nós dois.
  Sai com o carro com a mais de mil claro e estava um transito terrível parei um outro motoqueiro em um farol e disse que minha filha estava passando mal e precisaria ir pro hospital, pedi que ele abrisse caminho pra mim até lá e ele assim o fez. Em seguida outro motoqueiro viu o que estava acontecendo e foi ajudando também, nós três buzinando e pedindo para as pessoas saírem da frente. Não demorou muito cheguei ao hospital que era do outro lado da avenida e sem pensar atravessei o meio fio, entrei e parei meu carro na entrada da emergência e o mais inacreditável estava por vir. Quando olhei para traz lá estava meu filho, aquele carinha de 11 meses, aquele bebe que todos dizem ainda não ser capaz de entender nada, ele estava segurando a cabecinha da irmã como eu pedi. Estava do mesmo jeito que eu coloquei a mãozinha dele no rosto dela, aquela mãozinha pequenina que mal podia com o peso da cabecinha da irmã lá estava segurando firme e forte nas aceleradas e freadas do carro.
  Peguei-a em meus braços e a deitei na maca do hospital, voltei peguei o Mateus e entramos na sala da emergência. Coloquei o Mateus no sentado ao lado dela e lá ele ficou sem me mexer, sem falar, sem chorar, nem parecia que estava com fome, com sede e com sono. Uma moça foi estacionar meu carro e voltou com a chave e minha bolsa nas mãos eu agradeci e logo em seguida meu marido chegou.
A Eduarda não demorou muito e saiu da crise, o Mateus saiu com o pai para almoçar com o pai e eu fiquei com ela que teria que ficar em observação.
  Não demorou muito também fomos pra casa e tudo voltou ao normal, quer dizer nem tudo. Porque depois dessa o Mateus só não era mais um bebê pra gente, ele era um serzinho inexplicável que a partir daí começamos a enxergar laços, ou melhor, nó que ele e a Duda atavam. E só tenho a agradecer...
  Em uma outra ocasião a Eduarda estava passando mal e o Mateus assistiu tudo, ele tinha somente 1 aninho, ela ficou no hospital muito ruim e ele foi pra casa e ao chegar ele sumiu das vistas das pessoas. Uma amiga foi atras dele e não acreditou e chamou as demais pessoas para ver também, ele estava com a cabecinha deitada no criado-mudo do meu quarto onde tem fotos da família. Ele estava passando a mãozinha sobre o rosto da irmã em um fotografia e derramando lágrimas, poucas lágrimas...ele não estava chorando, ele estava lamentando certamente o que a irmã estava passando.
  Só tinha mulher neste momento em minha casa e todas começaram a chorar se emocionaram com a cena, mas quem não se emociona?
  Agora me diz se o Mateus é ou não é um presente para a Duda?!
            

Deus, obrigada por escrever certo em linhas certas, obrigada por me tornar capaz de cuidar e amar os meus filhos. Obrigada pela vida da Eduarda, obrigada pelo Mateus, obrigada pelo marido que tenho, obrigada pela vida que tenho, obrigada por nos fazer capaz e obrigada por TUDO. 

Um comentário:

  1. Tete,

    Não estava la mas também chorei.

    Que lindo...que lindos.

    E ainda há quem duvide da existência de Deus.

    Bjs

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